2 de fevereiro de 2003

Quando queremos escrever alguma coisa sobre nós, parecemos nos desconectar de nossa psique para tentar passar os fatos de forma imparcial. Muita gente nem pretende fazer isso, outros em momentos tentam, outros não conseguem, outros ainda acham que podem deixar sua visão distante de qualquer atributo pessoal.

Bom, eu adoro fazer alto criticas, mas como Sinclair, o narrador de Demian do Herman Hesse pontua em sua prosa mordaz, minha história é mais importante do que a de qualquer outro autor.
Essa semana-capítulo dessa historia que só a mim interessa, e deixa curioso alguns poucos, podem estar repleta de mudanças e de resgates, de renascimentos e de certezas. Mais uma vez, um ponto de vista tendencioso, mas por outro lado, é bom que seja, senão seria totalmente falso.

Cada vez que eu pratico o Yôga Antigo, sinto a falta que ele faz quando o abandono. Ouço o tempo todo os CDs da minha amiga, que parece ter saído do livro Alta fidelidade (não pelas “humanidades” , mas pelo gosto de criar de “seqüênciar” musicas gravadas de presente pra alguém). Converso cada vez mais com amigos antigos,. E presto muita atenção nos conselhos que tenho recebido das pessoas que mostram ternura ao dá-los.

Sobre isso surge uma opinião. Educação e tratamento é tudo. Pessoas grosseiras e mal educadas ao se comunicar acham que estão abafando porque são diferentes, pessoais ou mesmo sentem essa procura adolescente pela auto-afirmação. O que elas não lembram que , apesar de você não poder julgar o produto pela embalagem, é improvável que você encontre produtos bons em embalagens ruins. Apresentação mostra importância ao que se faz, mesmo com as palavras.

Outro fato importante é a sinceridade. Essa não tem preço e quando bem utilizada (sob boa embalagem) é quase vital. Passei por situações essa semana que ela se expressou em diversos níveis, e a ausência dela (mesmo que nas coisas bobas), ou nos problemas reais. me deixou mais certo sobre sua utilidade.

Também viajei em algumas coisas, mas pelo menos foram besteiras. E mais ainda, fico feliz de ter expressado elas logo e ter poupado aquele stress de engolir os equívocos e ir acumulando. É um briga constante contra esse arquétipo poderoso do Scorpion. Uma briga comigo mesmo. Na verdade, parece mais que eu estou fazendo as pazes, mas sem colocar os tais panos quentes de antes, nem rolar a sujeira pra de baixo do ventilador.

Mas é assim... temos varias faces.... Exerço a face Natarája (Rei dos Bailarinos) e Shankar, o meditante das montanhas com a mesma facilidade de troco de idéias a qualquer segundo. E também é necessário reprogramar seu emocional pra lidar e direcionar sua fortes emoções, sem castra-las, só as usando sabiamente. O ego é uma das nossas mais forte energias..... (to be continue)