4 de agosto de 2003

Post polêmico e inacabado:

Estava eu, indo almoçar, quando, como de hábito, escolho um livro dentre meus preferidos pra reler enquanto esquentava a comida. Esbarro com o meu The Hero with a Thousand Faces, do Sir Joseph Campbell, que minha grande amiga Bea trouxe da Terra (tomada pel)(d)os Anglos.

Depois de reler as passagens favoritas, esbarro, no fim do livro, in the very last page, com um anúncio de um outro livro da mesma editora, o qual já havia tomado contato na casa de um amigo, a umas boa década e meia atrás:

Why Freud was wrong – Sin, Science and Psychoanalysis by Richard Webster

Me detenho na segunda crítica ao livro, que estranhamente não tinha lido até hoje, ao qual traduzirei livremente, que me lembrou o conteúdo dessa obra prima:

“Freud, como revelado em Why Freud was wrong, não é um pensador independente e corajoso, mas um homem que repetidamente caiu sobre o feitiço de se tornar um curandeiro carismático, e que se comportou como o fundador messiânico de uma grande fé em vez de o descobridor de uma verdade científica. Ele construiu teorias, particularmente as sobre sexualidade, que não eram científicas mas sim teorias religiosas disfarçadas, salva de ataques da ciência precisamente por ter os nervos e o afrontamento de apresentá-las como ciência.

Webster em sua análise sistemática mostra Freud como um homem movido pela ambição ... E, principalmente, por sofrer ao dar para Freud , virtualmente o todo o tempo, o benéfico da dúvida, este escritor é, sem duvida, um dos críticos mais devastador de todos os tempos.”

Nada contra pessoas que se hiper valorizam, nem muito menos gênios e celebridades que motivam e movimentam opiniões, mas por outro lado, tudo contra também. Freud em diversas passagens mostra egotismo em grande parte da sua obra. Me lembro de ler sobre a carta dele para Jung, antes deles romperem, chamando-o ele de “sucessor e príncipe coroado, apesar dele não ser judeu”. Vai entender.

Infeslimente, do livro lembro pouco, mas lembro de confirmar algumas coisas que senti ao ler e estudar Freud.

Faz muito sentido pra mim, apesar do exagero da crítica... Mas também, alias, vários outros cientistas não demoliram a cadeira de Deus, só o mataram pra sentar nela. No fim, é tudo questão de poder.

Agora, o mais engraçado é que muita gente que eu conheço que adora Freud critica os outros “curandeiros carismáticos”. Assume que é discípulo, amigo. Assume que venera o cara...

(chega de falar mal de Freud, que sacrilégio! ) :))))))))))