13 de março de 2010

Poesia sem poeta

Como nasce o verso e morre a poesia
Como aporta o dia e a noite singra
Eterno, nosso amor não finda.
Você é corpo-coração – e é toda minha.

Tenho dedos curtos e grossos ao macio de teu rosto
Flutuo na tua maré
Cheia de teus seios e quadris
Pressinto a inquietação da onda
Em tua imensidão de menina

Navego,a mansidão terna para teus súbitos
Braços quentes e beijos molhados.

Trago, afim e enfim,
A estrela do mar e versos.
Trago a incerteza do mar
Mais o grão de areia aos ventos,
Com o céu de pequenas bolas de fogo

Quero você
Quieta na tarde, o céu na face.
Quero você
Sorrindo de madrugada com olhar de criança.