14 de junho de 2010

Convite


Convido-o, meu caro leitor, amigo antigo ou internauta inusitado a ingressar num original e admirável mundo novo.

Convido-o ao vislumbre original de versão de fatos.

A um novo ponto de vista sobre a realidade.

As várias realidades.

Convido-o a descoberta que não existe verdade. Nunca existiu. Nem no mundo platônico, pois ao se pensar que exista uma verdade ideal, ela deixa de ser a verdade.

Convido-o para minha arte, convido-o a olhar-se na minha arte- espelho e a se auto-avaliar durante esse mirar-se. Ou, ao olhar, só deixar sentir e sentir-se.

Convido a nessa experiência que você afirme-se como individualidade, em lugar de reduzir-se a meros personagem de qualquer um discurso generalizante que você consuma, tendo esse discurso sido sua opção ou imposta à você.

Convido ao teatro que é tão ficção quanto qualquer versão de qualquer fato.

Convido-o a experiência teatral, o evento social que é o teatro, a possibilidades de escolhas de outros pontos de vistas, de se perceber o mundo por outro panorama.

Convido-o, no Teatro, a poder disponibilizar um senso crítico individual, diferente de se manter o senso comum, onde é tudo pré-estabelecido. A mexer com as expectativas,

O trabalho do ator, tanto o atuante quanto o expectante (pois o objeto que atua pode estabelecer o convite de uma relação simbiótica e sinestésica com o observador para ambos serem os dois, observador e objeto observado) – este trabalho nada mais é que a condição humana condensada, portanto, ao aceitar meu convite e quando entramos em cena, estamos fazendo história.

Aceita o convite? Vamos fazer história?