Interúdio do Transylvania Chronicles , jogo de 2006
Gênova –
- "Quero
dizer, acho que foi um pesadelo..." A Tzimisce olha da sacada para a rua,
com o semblante pesado. "Não haveria motivo nenhum para sonhar com Ana se
não fosse por isso..." ela fita a escuridão das ruas, procurando alguma
presa humana com seus sentidos aguçados.
"Não
se subestime, Milenna, você já teve esse tipo de premunição antes" - Lorde
Marcus se aproxima e toma sua mão "alem disso, você compartilha o mesmo vitae Grimaldi
de família, e apesar de ela nem saber que você ainda “existe”, vocês são primas
cresceram juntas..."
A
Tzimisce sorri com seus caninos salientes: "Não sou mais aquela pequena
Revenante há anos, meu bom amigo, não desde que meu sire me escolheu como sua cria e mesmo após sua morte no levante
contra os anciões, mesmo que eu tenha bebido o sangue do coração dele e me
tornado sétima geração de Caim, com sua ajuda..."
Ele
completa sua frase " ....e que seus os poderes do sangue de suas vidência
tenha se amplificado..."
Ela
interrompe o Lasombra "... me assim dando pesadelos sobre primas de consanguínea
cainita. De fato essa existência é amaldiçoada por inteiro. Como é grande a
ironia da Maldição do Primeiro Assassino" Seus olhos se fixam em um
mendigo que anda cambaleante pelas ruelas, parando para urinar.
"De
fato, minha cara, mas antes ser o caçador que a caça" o corpo de Lorde
Marcus começa a ficar coberto pelas sombras da noite. Algo de quase vivo nessa
escuridão parece obedecer a sua vontade "Mas não nos preocupamos em filosofar
sobre nosso estado agora e sim de sermos o que nós somos."
A
escuridão é quase total na sacada, que de repente está completamente banhada de
vermelho sangue, sangue este que começa a se mover bizarramente pela parede do
prédio baixo. A escuridão segue a lamina rubra de sangue pelas ruas abafando
quase toda luz e som de onde passa, inclusive o grito desesperado do bêbado que
mijava.
Budacarest –
"O
que houve, meu amor?" Lucita levanta o corpo de Anatole do chão
"Nossos amigos, por Deus, eles estão á
passos de despertar o ...o .. o ...Nãããããããããoooooo!" após eu grito
Anatole se silencia. Rumina algo em latim, ajoelha-se e volta á rezar.
Lucita
sabe que nenhuma profecia sairá, na verdade mais nada irá sair de sua boca. Não por pelo menos
muitas noites. Sem se importar agora, ela resolve voltar á sua leitura do
manuscrito da Brujah Adana sobre a Camarilla que recebeu de Stanislau no
Castelo Hermanstadt. "Melhor isso do que Monçada" ela suspira tentando
se convencer de suas palavras.
Klausenburg
–
A
imensa loba uiva para os outros dentro da noite. A resposta não é nada
animadora. Dentro desse choro informações assustadoras são passadas. A loba
sabe do que eles falam. Sabe dos perigos que ela deixou para trás há poucos
anos está para novamente amaldiçoar seu caminho e sabe que estar longe
significa perder mais uma vez o rastro ancestral de seu amor. Mas ela sabe de
sua responsabilidade também e em poucos segundos seu corpo começa a se
transformar. Sua pelugem se torna mais negras, seu focinho, troco e patas,
menores. Bem menores. Apenas os dedos das patas dianteiras mantém algum tamanho
e uma película fina os liga por toda a extensão das juntas. Em poucos segundos,
onde estava a loba, um morcego fêmea e sombrio levanta voo em uma velocidade
impressionante pela noite da Transylvania . O destino: sudeste.
Em
algum lugar entre Balgrad e Hermanstadt –
E
velha cigana joga o ovo no chão. Sangue em lugar de clara e gema. A voz da Baba
é rouca e viscosa: "Seus amigos estão levando o filho de Dracul para a Boca
Sangrenta. Lá ele aprenderá a verdadeira natureza dos Fiends."
O
cigano mais novo permanece agachado, com o semblante de desapontamento. A outra
cigana "Eu disse que os vi no castelo de Oto. Eles estavam lá, pajeando
Rustovich. Se anunciando mensageiros de Radu. E levaram Vlad depois da confusão
dos Anarquistas". Ela dá meia volta e caminha para fora da carroça.
"Eles
vão entregar o Impalador para eles, velha Durga ?" Pergunta o cigano.
A
velha sorri, seu rosto horrendo se contorce e suas presas se salientam "O
que está feito está feito, pequeno Dimitri" Ela acaricia um corvo negro e
o lança á voar pela janela. "E o que está destinado á acontecer... Bem,
isso é certo de ser inexorável. Mas é claro que os dons de sentir o fluxo da
Roda do Karma não é um dom de Santa Sarah (ou Kálí ou Lilith, como preferir), apenas
para ser apreciado, e sim, para ajudar aqueles que tem a motivação e coragem de
ajustar as coisas. Deixar Fluir o que deve acontecer, protelar o que pode ser
protelado e impedir o que deve ser impedido. Só resta á você, meu caro, e aos
seus amigos entenderem o que devem fazer, dentro de seus amaldiçoados corações.
O que você me diz então?"
Dimitri
nada responde, mas levanta-se e segue seu corvo pela noite. A Durga permanece
sozinha em sua cabana, fitando um punhal com o símbolo de um dragão em seu
cabo. Uma lagrima de sangue cai de seu olhos "Ah, meu belo e jovem Rei. Se
você soubesse o que o destino reserva para teu filho... Talvez você não tivesse
nunca me ouvido. Talvez você tivesse me destruído. Que MahaKálá se encarregue
de seguir seu fluxo ....inexorável.".
Ruinas
do Castelo Hermanstad –
Zelios
termina de escrever a carta, colocando de volta a pena no tinteiro. Se levanta
da mesa e lê em voz alta para si. "Minha cara Ruxandra, apesar de você
insistir nesse engodo, ao preço de nossa vidas, não posso compactuar com isso.
Nem mesmo que pela diversão que seja enganar os Voivoides Tzimisce
e os Patrícios Ocidentais Ventrue, o risco é alto demais. Principalmente após
ter arriscado a vida de meus aliados duplamente, se escondendo em seus domínios
ou deixando o incêndio dos Anarquistas quase destrui-los. Sei que eles podem
estar entregando o mortal Dracula para os Voivoides, mas eles não
tem culpa de desconhecerem as profecias ou mesmo de saber o quão arriscado são
seus movimentos. Ao menos eles não entregaram ele para Buscul ou qualquer outro
Patrício Arpad. Agora você está por sua própria conta. Estou partindo para o Oriente
e deixo-a sob sua própria sorte, minha
falsa Príncipe. Que Caim tenha piedade de sua alma maldita. Seu grão sire, Zelios." O Nosferatu fecha a
carta em um envelope. Depois volta a sua atenção para os mapas em cima da mesa.
O papiro carcomido do primeiro diz "Egito Antigo" em latim. Zelios
quase sorri.
Alamut
–
Tariq
e Al-Sharad conversam telepaticamente. O assunto é o único mortal que derrotou
um Califa Assamita em milênios, Drakulya. Al-Sharad se levanta e
ruma para o Sanctum de sua Cria.
Tariq não está nada feliz. Ele reabre as "Escrituras de Haquim" e
passa novamente sobre o capitulo das profecias de Ynosh. Ele não acha nada
sobre o mortal e a Catedral de Carne. Ele continua infeliz. E preocupado. Ele
volta a meditar em Maomé em busca de conforto. Mas ele sabe que isso não dará
resultado. E a próxima reunião do Conselho dos Pergaminhos está tão distante...
Umbra
Profunda, Enoch –
"Marcus
Vitellinus" passeia pelo jardim de Zillah. Na frente do templo do Aralu, o
Lasombra, que muitas noites atrás era conhecido como Lucius Aelius Sejannus lê
os nomes do Aralu. "Nergal, Al-Marih, Loz e Nimug". Ele olha para as
sombras distantes da Primeira Cidade e tem a impressão de que elas olham para
ele. "Se você soubesse, minha cara Cria Lady Miriam, em que você está se
metendo..." Ele não consegue deter seu sorriso.
Budapeste
–
"Conte,
Havnor, conte para eles... Diga a eles, diga a eles, meu caro" Octavio
ouve em sua mente.
"Não,
eu já avisei a eles. O que quer que você queira que eles saibam esta noite você
deve ir lá e dizer a eles você mesmo!"
E
então, misteriosamente "a voz" em sua mente se cala. Octavio, depois
de muitos anos, quase suspira aliviado. Mas ele sabe que será por pouco tempo.
Ele testou a paciência da "voz" pela ultima vez... Ele roga para que
o seu descanso nos caninos do Profeta da Gehenna chegue logo. Ele não aguenta
mais existir. E ele também chora lagrimas de sangue, pois sabe que ainda vai
levar um tempo para isso acontecer.
Ceoris -
Etrius
veda a passagem para a tumba de seu mestre. Por um breve segundo, ele ouve um
vento que ainda escapa pela entrada. Por um segundo, aquele vento lhe parece
familiar. Lembra quase uma leve risada maquiavélica que seu patter costumava
dar no período entre sua transformação em Cainita e o Amaranto de Saulot. Ou
ainda após disso, nos poucos períodos que ele permaneceu acordado. Mas algo
quase inaudível por trás dessa risada a acompanhava. Afastando essas bobas
lembranças de sua mente, Etrius novamente torna a repetir os encantamentos de
proteção para impedir o acesso de outros á câmara de Tremere. Os pensamentos
nas notícias de Celestyn e na tarefa de prender o fantasma do Faraó Fantasma
dispersa a sensação terrível da possibilidade de seu "sire nominal" estar gargalhando em seu torpor ...
Igreja
Negra de Kronstadt
...E
como em ressonância á brisa vinda de Ceoris, outra vem do sarcófago de
"Lugoj”. O revenante Rhuven se contorce de medo, ao ouvir um ruído vindo
do descanso de seu domitor. Desde o seu ultimo discurso para os anarquistas
após o ataque á capela sombria do Anciente, o "Quebrador do Laço"
ainda não havia se manifestado. Em sua mente, apenas uma palavra ecoa... Gehenna...
Passagem
Tihuta -
"Você
os perdeu, eles acabaram de sair" Radu olha com preocupação para a escuridão
de sua sacada. "Eu lhes dei a palavra de fazer da Grimaldi sua cria, e de
Wenceslau.. "
O
Voivoide dos Voivoides interrompe
"Você percebeu o poder de Yorak sob nossas mentes? Em séculos nenhuma vez
ele interviu tanto quanto agora. Existe algo de realmente especial naqueles
meninos e, principalmente, naquele mortal Draculesti. Não gostei nem um pouco
de receber ordens, principalmente do Sacerdote de Carne, ainda mais agora que o
Anciente foi destruído... Nós podemos contra ele, Radu, se nos unirmos á Vykos
e Veyla..."
Radu
interrompe "Basta, Rustovich. Seu ódio pelod Lupinos está se transbordando
para Yorak. Olhe o que você está me propondo, meu caro!"
Rustovich começa a se desemcorporar, transformando-se
em névoa "As opções estão acabando meu caro. Logo o discurso de Hardestadt
estará insuflado pelos Patricios Arpad. Logo os Anarquistas irão perder força e
precisarão de liderança. Logo Tabak, Dragomir e Vikto virão atrás de nós,
querendo que os lidere ou que pereçamos como os senhores deles. Amlas e Fagaras
já estão em contato com eles. As Taras também. Shaagra já foi
contatada. Logo apenas seremos eu, você e o outro Matusalém contra todo o clã.
Você vai querer mesmo resistir ao Clã e tentar
novamente a ideia falida de se unir em um novo Conselho das Cinzas, com Nova,
Marusca e outros peões dos Fundadores, ou pior, se manter acuado nesta
fortaleza até que o Pai Negro se levante?"
Radu
está sozinho. Ele medita fitando a noite. Um morcego enorme passa por sua
cabeça. Não é Rustovitch, Radu tem certeza disso. Mesmo com seu vasto poder de
Presença, o Príncipe exilado percebe que está muito perto de ser devorado pelos
mais velhos, como o Arcanjo Gabriel professa na versão cristã do Livro de Nod.
"Se for para dar meu vitae... Que seja para que eles se
prendam em Laço... Mas eles nunca terão a minha alma!" O próprio Ancião se
surpreende com sua vivacidade. Existe paixão ainda nesse velho cadáver.
"Que venham os novos tempos, que venham as novas seitas. O regente delas
será o mesmo.Eu. Eu!” E uma gargalhada soturna e maléfica transborda de sua
garganta. Uma brisa passa pelo castelo, como se respondesse a gargalhada de
Radu, como se desdenhasse da força do velho ancião.