17 de setembro de 2013

Interúdio do Transylvania Chronicles

Interúdio do Transylvania Chronicles , jogo de 2006
Gênova –
- "Quero dizer, acho que foi um pesadelo..." A Tzimisce olha da sacada para a rua, com o semblante pesado. "Não haveria motivo nenhum para sonhar com Ana se não fosse por isso..." ela fita a escuridão das ruas, procurando alguma presa humana com seus sentidos aguçados.
"Não se subestime, Milenna, você já teve esse tipo de premunição antes" - Lorde Marcus se aproxima e toma sua mão "alem disso, você compartilha o mesmo vitae Grimaldi de família, e apesar de ela nem saber que você ainda “existe”, vocês são primas cresceram juntas..."
A Tzimisce sorri com seus caninos salientes: "Não sou mais aquela pequena Revenante há anos, meu bom amigo, não desde que meu sire me escolheu como sua cria e mesmo após sua morte no levante contra os anciões, mesmo que eu tenha bebido o sangue do coração dele e me tornado sétima geração de Caim, com sua ajuda..."
Ele completa sua frase " ....e que seus os poderes do sangue de suas vidência tenha se amplificado..."
Ela interrompe o Lasombra "... me assim dando pesadelos sobre primas de consanguínea cainita. De fato essa existência é amaldiçoada por inteiro. Como é grande a ironia da Maldição do Primeiro Assassino" Seus olhos se fixam em um mendigo que anda cambaleante pelas ruelas, parando para urinar.
"De fato, minha cara, mas antes ser o caçador que a caça" o corpo de Lorde Marcus começa a ficar coberto pelas sombras da noite. Algo de quase vivo nessa escuridão parece obedecer a sua vontade "Mas não nos preocupamos em filosofar sobre nosso estado agora e sim de sermos o que nós somos."
A escuridão é quase total na sacada, que de repente está completamente banhada de vermelho sangue, sangue este que começa a se mover bizarramente pela parede do prédio baixo. A escuridão segue a lamina rubra de sangue pelas ruas abafando quase toda luz e som de onde passa, inclusive o grito desesperado do bêbado que mijava.

Budacarest –
"O que houve, meu amor?" Lucita levanta o corpo de Anatole do chão
 "Nossos amigos, por Deus, eles estão á passos de despertar o ...o .. o ...Nãããããããããoooooo!" após eu grito Anatole se silencia. Rumina algo em latim, ajoelha-se e volta á rezar.
Lucita sabe que nenhuma profecia sairá, na verdade mais  nada irá sair de sua boca. Não por pelo menos muitas noites. Sem se importar agora, ela resolve voltar á sua leitura do manuscrito da Brujah Adana sobre a Camarilla que recebeu de Stanislau no Castelo Hermanstadt. "Melhor isso do que Monçada" ela suspira tentando se convencer de suas palavras.
  
Klausenburg –
A imensa loba uiva para os outros dentro da noite. A resposta não é nada animadora. Dentro desse choro informações assustadoras são passadas. A loba sabe do que eles falam. Sabe dos perigos que ela deixou para trás há poucos anos está para novamente amaldiçoar seu caminho e sabe que estar longe significa perder mais uma vez o rastro ancestral de seu amor. Mas ela sabe de sua responsabilidade também e em poucos segundos seu corpo começa a se transformar. Sua pelugem se torna mais negras, seu focinho, troco e patas, menores. Bem menores. Apenas os dedos das patas dianteiras mantém algum tamanho e uma película fina os liga por toda a extensão das juntas. Em poucos segundos, onde estava a loba, um morcego fêmea e sombrio levanta voo em uma velocidade impressionante pela noite da Transylvania . O destino: sudeste.

Em algum lugar entre Balgrad e Hermanstadt –
E velha cigana joga o ovo no chão. Sangue em lugar de clara e gema. A voz da Baba é rouca e viscosa: "Seus amigos estão levando o filho de Dracul para a Boca Sangrenta. Lá ele aprenderá a verdadeira natureza dos Fiends."
O cigano mais novo permanece agachado, com o semblante de desapontamento. A outra cigana "Eu disse que os vi no castelo de Oto. Eles estavam lá, pajeando Rustovich. Se anunciando mensageiros de Radu. E levaram Vlad depois da confusão dos Anarquistas". Ela dá meia volta e caminha para fora da carroça.
"Eles vão entregar o Impalador para eles, velha Durga ?" Pergunta o cigano.
A velha sorri, seu rosto horrendo se contorce e suas presas se salientam "O que está feito está feito, pequeno Dimitri" Ela acaricia um corvo negro e o lança á voar pela janela. "E o que está destinado á acontecer... Bem, isso é certo de ser inexorável. Mas é claro que os dons de sentir o fluxo da Roda do Karma não é um dom de Santa Sarah (ou Kálí ou Lilith, como preferir), apenas para ser apreciado, e sim, para ajudar aqueles que tem a motivação e coragem de ajustar as coisas. Deixar Fluir o que deve acontecer, protelar o que pode ser protelado e impedir o que deve ser impedido. Só resta á você, meu caro, e aos seus amigos entenderem o que devem fazer, dentro de seus amaldiçoados corações. O que você me diz então?"
Dimitri nada responde, mas levanta-se e segue seu corvo pela noite. A Durga permanece sozinha em sua cabana, fitando um punhal com o símbolo de um dragão em seu cabo. Uma lagrima de sangue cai de seu olhos "Ah, meu belo e jovem Rei. Se você soubesse o que o destino reserva para teu filho... Talvez você não tivesse nunca me ouvido. Talvez você tivesse me destruído. Que MahaKálá se encarregue de seguir seu fluxo ....inexorável.".

Ruinas do Castelo Hermanstad –
Zelios termina de escrever a carta, colocando de volta a pena no tinteiro. Se levanta da mesa e lê em voz alta para si. "Minha cara Ruxandra, apesar de você insistir nesse engodo, ao preço de nossa vidas, não posso compactuar com isso. Nem mesmo que pela diversão que seja enganar os Voivoides Tzimisce e os Patrícios Ocidentais Ventrue, o risco é alto demais. Principalmente após ter arriscado a vida de meus aliados duplamente, se escondendo em seus domínios ou deixando o incêndio dos Anarquistas quase destrui-los. Sei que eles podem estar entregando o mortal Dracula para os Voivoides, mas eles não tem culpa de desconhecerem as profecias ou mesmo de saber o quão arriscado são seus movimentos. Ao menos eles não entregaram ele para Buscul ou qualquer outro Patrício Arpad. Agora você está por sua própria conta. Estou partindo para o Oriente e deixo-a sob sua própria sorte,  minha falsa Príncipe. Que Caim tenha piedade de sua alma maldita. Seu grão sire, Zelios." O Nosferatu fecha a carta em um envelope. Depois volta a sua atenção para os mapas em cima da mesa. O papiro carcomido do primeiro diz "Egito Antigo" em latim. Zelios quase sorri.

Alamut –
Tariq e Al-Sharad conversam telepaticamente. O assunto é o único mortal que derrotou um Califa Assamita em milênios, Drakulya. Al-Sharad se levanta e ruma para o Sanctum de sua Cria. Tariq não está nada feliz. Ele reabre as "Escrituras de Haquim" e passa novamente sobre o capitulo das profecias de Ynosh. Ele não acha nada sobre o mortal e a Catedral de Carne. Ele continua infeliz. E preocupado. Ele volta a meditar em Maomé em busca de conforto. Mas ele sabe que isso não dará resultado. E a próxima reunião do Conselho dos Pergaminhos está tão distante...

Umbra Profunda, Enoch –
"Marcus Vitellinus" passeia pelo jardim de Zillah. Na frente do templo do Aralu, o Lasombra, que muitas noites atrás era conhecido como Lucius Aelius Sejannus lê os nomes do Aralu. "Nergal, Al-Marih, Loz e Nimug". Ele olha para as sombras distantes da Primeira Cidade e tem a impressão de que elas olham para ele. "Se você soubesse, minha cara Cria Lady Miriam, em que você está se metendo..." Ele não consegue deter seu sorriso.

Budapeste –
"Conte, Havnor, conte para eles... Diga a eles, diga a eles, meu caro" Octavio ouve em sua mente.
"Não, eu já avisei a eles. O que quer que você queira que eles saibam esta noite você deve ir lá e dizer a eles você mesmo!"
E então, misteriosamente "a voz" em sua mente se cala. Octavio, depois de muitos anos, quase suspira aliviado. Mas ele sabe que será por pouco tempo. Ele testou a paciência da "voz" pela ultima vez... Ele roga para que o seu descanso nos caninos do Profeta da Gehenna chegue logo. Ele não aguenta mais existir. E ele também chora lagrimas de sangue, pois sabe que ainda vai levar um tempo para isso acontecer.


Ceoris -
Etrius veda a passagem para a tumba de seu mestre. Por um breve segundo, ele ouve um vento que ainda escapa pela entrada. Por um segundo, aquele vento lhe parece familiar. Lembra quase uma leve risada maquiavélica que seu patter costumava dar no período entre sua transformação em Cainita e o Amaranto de Saulot. Ou ainda após disso, nos poucos períodos que ele permaneceu acordado. Mas algo quase inaudível por trás dessa risada a acompanhava. Afastando essas bobas lembranças de sua mente, Etrius novamente torna a repetir os encantamentos de proteção para impedir o acesso de outros á câmara de Tremere. Os pensamentos nas notícias de Celestyn e na tarefa de prender o fantasma do Faraó Fantasma dispersa a sensação terrível da possibilidade de seu "sire nominal" estar gargalhando em seu torpor ...

Igreja Negra de Kronstadt
...E como em ressonância á brisa vinda de Ceoris, outra vem do sarcófago de "Lugoj”. O revenante Rhuven se contorce de medo, ao ouvir um ruído vindo do descanso de seu domitor. Desde o seu ultimo discurso para os anarquistas após o ataque á capela sombria do Anciente, o "Quebrador do Laço" ainda não havia se manifestado. Em sua mente, apenas uma palavra ecoa... Gehenna...

Passagem Tihuta -
"Você os perdeu, eles acabaram de sair" Radu olha com preocupação para a escuridão de sua sacada. "Eu lhes dei a palavra de fazer da Grimaldi sua cria, e de Wenceslau.. "
O Voivoide dos Voivoides interrompe "Você percebeu o poder de Yorak sob nossas mentes? Em séculos nenhuma vez ele interviu tanto quanto agora. Existe algo de realmente especial naqueles meninos e, principalmente, naquele mortal Draculesti. Não gostei nem um pouco de receber ordens, principalmente do Sacerdote de Carne, ainda mais agora que o Anciente foi destruído... Nós podemos contra ele, Radu, se nos unirmos á Vykos e Veyla..."
Radu interrompe "Basta, Rustovich. Seu ódio pelod Lupinos está se transbordando para Yorak. Olhe o que você está me propondo, meu caro!"
 Rustovich começa a se desemcorporar, transformando-se em névoa "As opções estão acabando meu caro. Logo o discurso de Hardestadt estará insuflado pelos Patricios Arpad. Logo os Anarquistas irão perder força e precisarão de liderança. Logo Tabak, Dragomir e Vikto virão atrás de nós, querendo que os lidere ou que pereçamos como os senhores deles. Amlas e Fagaras já estão em contato com eles. As Taras também. Shaagra já foi contatada. Logo apenas seremos eu, você e o outro Matusalém contra todo o clã. Você vai querer mesmo resistir ao Clã  e tentar novamente a ideia falida de se unir em um novo Conselho das Cinzas, com Nova, Marusca e outros peões dos Fundadores, ou pior, se manter acuado nesta fortaleza até que o Pai Negro se levante?"
Radu está sozinho. Ele medita fitando a noite. Um morcego enorme passa por sua cabeça. Não é Rustovitch, Radu tem certeza disso. Mesmo com seu vasto poder de Presença, o Príncipe exilado percebe que está muito perto de ser devorado pelos mais velhos, como o Arcanjo Gabriel professa na versão cristã do Livro de Nod. "Se for para dar meu vitae... Que seja para que eles se prendam em Laço... Mas eles nunca terão a minha alma!" O próprio Ancião se surpreende com sua vivacidade. Existe paixão ainda nesse velho cadáver. "Que venham os novos tempos, que venham as novas seitas. O regente delas será o mesmo.Eu. Eu!” E uma gargalhada soturna e maléfica transborda de sua garganta. Uma brisa passa pelo castelo, como se respondesse a gargalhada de Radu, como se desdenhasse da força do velho ancião. 

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