27 de junho de 2011


Invisible hands
Reaching higher
Forces of nature
Prism of life
Guts of gods
Lost in shadows
Caught in the wind
Crave to the ocean
Hail by the fire
Torn by the animals
Blessed by the eyes
Opened like a book
Legs like daggers
Faces like shields
Words like submachines
Accuses like the world
By the world
Through the world
For the world
Afterworld.

27 de maio de 2011

A guerra e a boa morte

Nesta cidade
Neste país
Neste mundo
Viver de arte
Da arte
Ser arte
E não de fama
E não de grana
E não de se vender
É uma guerra
Sangrenta
Violenta
Dolorosa
Injusta
Devastadora
Mas a vitoria que se conquista
Nenhuma celebridade vazia de arte conhece
Nenhum vendido saboreia
Nenhum artista esquece.
Simples assim.
Então me aparamento para a guerra
Guardo minhas forças
Olho o inimigo que tenta me seduzir para seu lado ou me afugentar para longe
Olho o traidor que fugiu, desertou ou se vendeu
Olho a pequena linha de bravos guerreiros do meu lado
Olho para o povo que não precisa consumir arte, mas se potencializa, se cura, se transforma e amadurece com ela
Dou meu bárbaro e ruidoso brado de guerra
E caminho de encontro à boa morte.
Firme, potente, vivente, errante.
E mesmo assim
E apesar de tudo e de todos e de mim mesmo
Sorrio.