16 de maio de 2002

Estudos sobre Dramaturgia cênica me levaram a alguns escritores e principalmente a um em especial, o Mitólogo Joseph Cambell.
Christopher Vogler, o maior aplicador do Herói de Mil Faces (o mais comentado livro de Joe Campbell), em seu A Jornada do Escritor, um mapeador de roteiros hollywooddianos diz:

"No que nos interessa, um mito não é uma inverdade, nem um exagero fantástico, como geralmente se diz. Um mito, como Joseph Campbell gostava de dizer, é uma metáfora de um mistério além da compreensão humana. Ou seja, é uma comparação que nos ajuda a entender, por analogia, alguns aspectos de nossos eus misteriosos. Desse modo, um mito não é uma mentira, mas uma maneira de se chegar a uma verdade profunda.

E o que será, então uma história ? Também é uma metáfora, um modelo de algum aspecto do comportamento humano. É um mecanismo de pensamento, por meio do qual testamos nossas idéias e sentimentos sobre alguma qualidade humana e tentamos aprender mais sobre eles.

Um mito é um tipo especial de história, que lida com os deuses ou as forças de criação, e com as relações entre essas forças e sos seres humanos. Nem todas as histórias modernas são mitos, nem chegam a ter dimensões míticas, mas as histórias que contamos hoje em dia têm muita coisa em comum com a antiga energia que anima os mitos. Os padrões estruturais e os personagens arquetípicos dos mitos fornecem a base de todas as narrativas modernas...”

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