17 de junho de 2002

Na edição que ganhei dos três clássicos do terror (Frankstein, Drácula e O Médico e o Monstro) sua introdução é anunciada na capa por ter sido escrita por Stephen King em letras grandes (do mesmo tamanho das dos autores dos contos). No meio desta pomposa introdução, o autor comete uma gafe que é corrigida em nota de pé de página pela tradutora (ou seja, o ato falho passou pelos editores das várias edições dessa coletânea, reunida originalmente em 1978).

Quando está falando sobre a obra de Mary Shelly, depois de já ter esculachado , chamando de “Mal escrito” e de dizer que “está cheio de ingenuidade e dos sofismas crédulos de uma jovem; com suas freqüentes digressões sobre as Grandes Idéias Filosóficas...” King comete o deslize:

“A Maldade de Frankstein é sugerida em seu subtítulo: ‘O Prometeu moderno’.Prometeu, que nos trouxe o fogo, acabou acorrentado a uma pedra, seus olhos arrancados pedaço a pedaço por corvos* (...)”

Que miscelânea, Steph! Nada contra você, mas, ta precisando rever seus conceitos ( e estudar mais a cultura clássica, você enrolou Prometeu com Édipo e Loki)

Agora, no canto da pagina vem o esculacho da Adriana Lisboa, com direito a uma propaganda da editora

* No Cáucaso, onde o titã Prometeu fora acorrentado por ordem de Júpiter, um abutre lhe arraccava o fígado (não os olhos) que continuamente se regenerava, perpetuando a tortura (CF. Thomas Bulfinch, O livro de ouro da mitologia, Ediouro, 2001) (N. da T.)

Essa foi histórica! Se o King visse, acho que tinha um treco, ou processava a Adriana e a Ediouro.

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