26 de maio de 2003

Eu gosto de fim de semanas solitários. Eles me fazem refletir o quanto eu acerto e erro nas minhas relações contidianas. No quanto eu devo me sentir bem comigo mesmo para poder estar bem com alguem.

Alguns momentos são duros. E eu também não facilito. Ouvir Piazzolla, ler o Dicionário de Kant ou Breve Encontro do Pedro Amaral, assitir lixos televisivos, reler quadrinhos mofados do armario, vagar pelo Kazaa atrás de material de teatro...

Qualquer telefonema é uma salvação ou a morte, uma mensagem no ICQ é uma tortura ou um afago. Pior é olhar para a arvore lá embaixo... (vide post anterior)

Mas de qualquer forma, ainda sim, eu gosto. Vou até sentir falta quando começar a não ter tempo de fazer isso, ou mesmo quando eu tiver saindo tanto, cercado por todos os lados, que vou sentir falta de estar sozinho comigo.

Mas, definitivamente eu estou Piazzolla hoje. Tanto ouvi que estou desintoxicando aos poucos... ouvindo Gardel, Lalo, Villoldo, Matos Rodriguez pra não ficar melancólico demais... Fico ouvindo o Tango del atardecer...

E eu nem vi o por do sol...

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