18 de dezembro de 2014

O Rei de Ejigbô escolhe Onixegun como seu sucessor e herdeiro ou O Legado de Oguiã

O Rei de Ejigbô escolhe Onixegun como seu sucessor e herdeiro ou O Legado de Oguiã
 
Elejigbô era um rei muito sábio e poderoso.
Reinando seus domínios e aconselhando os reinos vizinhos.



Descobria os mistérios das cabeças feitas por Ajalá atráves dos Buzios  d´Oráculo de Ifá, ajudava as pessoas a caminharem seus Odús, cuidava dos Orís de seus filhos, dos filhos de seus filhos e era reconhecido por todos como ético e bom.


Era chamado então de Babalorixá, mas seu primeiro nome quando ainda era um Príncipe fora Babaossãe, profundo conhecedor do poder curativo e terapêutico das plantas e folhas. 
Quando nascera entretetanto, para o mundo do Culto aos Orixás fora chamado de Ajagunã;
seu nome secreto, entretanto, poucos sabiam de fato.


Era humano, sem duvida, continha falhas, mas eram ínfimas diante do seu saber e do bem que empregava, apenas àqueles com inveja e insegurança em seus corações atentariam apenas a as falhas.


Era como o bambu, podia sempre vergar a qualquer brisa, mas nunca quebrava nem mesmo sobre a mais afiada espada.


Um dia o Rei de Ejigbô recebeu em sua casa um jovem rapaz e o transformou em seu pupilo. Este rapaz já era um tinha o potencial para seu mesmo poder real e sacerdotal e tinha uma longa bagagem anterior de vivência no culto aos ancestrais e a natureza, mas principalmente tinha o mesmo potencial para a ética e bondade de coração do Rei; isso trouxe mais uma vez a discórdia e a cizânia entre aqueles que amavam e disputavam o amor do Elejigbô.


Apesar do Rei se esforçar para manter seu reino coeso, sabia que os sentimentos humanos são por vezes instáveis demais e não podia contar com a paz e harmonia o tempo todo, apenas no Xirê, nas grandes festas e funções conseguia reunir tantas pessoas diferentes, e estas praticas seriam a maior lição que o Rei poderia dar a seus filhos, aqueles que fossem atentos entenderiam seu recado.


Assim, muito sábio e tranquilo, o Rei-que-vestia-branco continuou seus afazeres enquanto que silenciosamente ensinava e mostrava sua sabedoria para o jovem rapaz. O Rei-do-Pilão levou o jovem até o Bambuzal de seu reino e o ensinou muitos segredos, inclusive, seu nome secreto. O rapaz então mais que rapidamente despertou seu potencial com muita atenção e ajudando seus irmãos assim como aqueles que o procuravam, que se tornavam seus filhos e súditos que já o consideravam também um Babalorixá, apesar de sua pouca idade de iniciação pelo Rei.


Um dia o Rei ficou doente, para o choque e desespero de seu reino. 


Enquanto todos ficaram preocupados, o Rei se esforçou para preparar tudo para sua partida para o mundo dos Orixás. Mas nem mesmo seu poder pode lidar com a Morte e sua ida foi prematura.


Elejigbô se transformou num Orixá; Oxaguiã também conhecido como Oguiã . Seu coração, que antes batia em um só corpo, passou a ressonar em todos aqueles que ele tocara e cuidara.


Muito tristes porém com sua partida prematura, a maioria dos súditos mais antigos f partiram, sem dar ouvidos as mensagens de Oguiã pelo Ifá para que o jovem rapaz tornar-se seu sucessor e herdeiro.  Uma rápida conspiração que não queria vê-lo como o novo Elejigbô se formou e nomeou um ainda mais novo e recém-iniciada como Babalaxé no lugar do Rei. A conspiração acreditava que poderia assim  poderiam dar um melhor caminho para o legado de Ejigbô. A conspiração então colocou sua posição de forma tão evidente que  não queriam o jovem rapaz aprendiz do falecido Rei  que não havia outra opção a não ser recusar educada e humildemente a nomeação de Oguiã para seu sucessor. A seguir convenceram o mais novo e agora Babalaxé que ele tinha muitos anos de iniciado, uma "mentira branda" que tentaram espalhar e estender por outros reinos e que ele havia se tornado o próprio Rei morto renascido e preparado para substitui-lo. É do humano tentar mudar uma narrativa, mas é da verdade que ela se mostre, e alguns anos depois, ela voltou... Mas isso é uma outra história. 

Os outros irmão mais velhos se dividiram entre os que não se importaram, os alheios à o que aconteceu, os que ficaram perplexos com a conspiração e os que não estavam presentes durante a anunciação do Babalaxé e, só depois de algum tempo ficaram sabendo que renegaram o jovem rapaz.  Haviam poucos que realmente aceitariam o jovem rapaz comando e sua ascensão como Rei, mas também ficaram todos abismados quando a conspiração instalou a o mais novo no lugar de Elejigbô.


Assim em pouco tempo o reino perdeu seu majestoso poder, sua grandeza e sua força e a maior parte dos filhos do Rei foram embora, intuindo ou percebendo de fato o erro, enquanto os que ficaram se afundam numa longa escaramuça para influenciar a sombra do que antes fora Ejigbô. A obra do antigo Rei fora por vaidade mesquinharia e inconsequencia em grande parte desfeita. E o Axé mesmo fora embora.

 O jovem rapaz, munido do poder, da sabedoria e da observação de Oxaguiã, bem como sua bondade e ética e também do Axé de seu Orixá Ossãe, partiu. Fora para outras terras com o coração triste pela rejeição e omissão de muitos seus próprios irmãos mais velhos.  


Cercado de alguns outros poucos irmãos mais velhos e a alguns mais novos, além de seus próprios filhos e súditos fundou seu próprio Reino e lá foi consagrado o Rei Onixegun sob as bênçãos de Ossãe, Oguiã e de todos os Orixás. Passou a receber conhecimento direto daqueles que no passado ensinaram Elejigbô e passou a ser conhecido como Babalorixá e assim cumprir a seu modo o destino como herdeiro do legado de Oxaguiã.


Hoje todos reconhecem e sabem que Onixegun é um Rei tão poderoso, ético e bondoso quanto fora aquele que o ensinara e que, sempre que quiserem rever Oxaguiã, basta visitarem o Reino das Folhas e lá o encontrarão. Pois é na Casa da Força do Senhor da Cura, o reino do Ilê Axé Onixegun, que Oxaguiã se manifesta, come seu Inhame e dançar o Xirê à tradição Ketu. E assim todos os filhos e filhos dos filhos de Oguiã entenderão por fim a maior mensagem e os ensinamentos que ele poderia passar: Amor, harmonia, tolerância, contentamento e paz.


Onixegun é o Rei. Viva o Rei Onixegun.

SEJEMOS TAMBÉM COMO O BAMBU.

18 de novembro de 2014

Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro

Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário

Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável

Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Ta


mbém não me importei
Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.



17 de novembro de 2014

tomada de consciência


Uma conhecida estava reclamando do "feriado de Zumbi", que cai na véspera do aniversário de sua mãe, coisa que eu sei e vivo, pois a véspera do meu  é o feriado da proclamação da República, geralmente,  todo mundo viaja e minhas últimas tentativas de festas têm sido um total fracasso. A última foi a dois anos atrás, literalmente, não foi ninguém. 

Eu estava sorrindo e considerando o ponto de vista dela quando ela continuou 

" A minha mãe fala ' Que que eu tenho com esse feriado? '" ( Ela abaixa a voz) " Zumbi era preto, viado, Era líder de Palmares que  ...'"

Não aguentei e interrompi com uma certa agressividade na minha voz ".. Que foi a primeira democracia do Brasil..." 

Ela ficou atônita. Continuei agora mais sereno : " Sim, Palmares foi a primeira tentativa de democracia do Brasil, pouca gente sabe, normal.."

" Eu achava que era a coisa lá de escravos"

Interrompo de novo " Sim, era um refúgio de escravizados, mas tinha Branco, tinha Índio, tinha a p**** toda! Zumbi é um símbolo como Tiradentes, que talvez precisamos nos debruçar agora com mais atenção para uma tomada de consciência..." Interrompo antes que eu volte a ficar mais agressivo. Ficamos quase um minuto em silêncio.

Estávamos num ambiente social privilegiado em que dois negros trabalhavam instalando um telhado, enquanto nós treinávamos numa piscina. Olhei para os dois lá em cima, suspirei.

" Realmente você pode ficar indignado com mais um feriado que você acha que não tem nada a ver com você, é uma questão de escolha. Ou você pode tentar por um minuto deste feriado, por que diabos nos empurram isso no calendário.  Acho que se você parar pra pensar nisso, de quanto existe uma separação socio-étnica na nossa sociedade, que ela é velada e encontra muita resistência nos nossos pensamentos imediatos... Bem, ai sim, vai ter valido a pena parar um dia de autômato pra pensar. Ainda dá pra curtir o dia, ver as árvores, tomar um chopp, mergulhar no mar, beijar... E respeitar o ser humano dentro de sua diferença. Essa condição insatisfeita da busca pela felicidade individualista já falhou, a verdadeira busca agora é se colocar no lugar do outro. "

Passam uns minutos, treinamos.  Depois falamos de outros assuntos, amenidades e rimos de nós mesmos no treino. Começo a pensar no lugar que estou , como sou privilegiado, mas ao mesmo tempo, do quanto eu gosto dos meus amigos e conhecidos de lugares e formas diferentes de pensar. Como pessoas que são "pretas e viadas" são importantes e como tenho carinho por elas, como gostaria que elas não sofressem no seu dia a dia esse preconceito velado e resistente. 

Penso no meu ambiente de trabalho e vejo uma supremacia branca quase sem exceções, que apenas confirmam a regra. Lembro que um colega de trabalho criticou da mesma forma "bem humorada" o cabelo black de duas crianças na tevê. Ele não faz a menor ideia do tipo de pensamento que ele está emulando. E se perguntado, dirá que não é uma pessoa preconceituosa. 


Aliás, a questão é essa: Estamos inertes numa sociedade com pensamentos e práticas preconceituosas, repetimos e consagramos as mesmas, sem sequer percebê-las. Talvez essa seja a real importância de nos obrigarmos a parar de agir sem pensar e pensarmos juntos...

4 de novembro de 2014

Recado aos colegas de artes cênicas do Rio



Atores cariocas, meus colegas de ofícios: Não adianta ficar nos testes, emissoras etc. reclamando, pra mudar os "pequenos abusos" é preciso se unir e não ficar esperando que a mudança venha das empresas e empregadores que estão vendo o lado deles. Nem esperar o sindicato, este está mergulhado em burocracia e precisa de parcerias participativas, não mais reclamações de insatifeitos ou omissos.  É preciso apresentar as suas questões coletivamente para políticos eleitos, se unir como os garotos do reclame da cooperativa de sampa, dar um jeito que não só aquela cara de insatisfaçao ou aquele dar de ombros de “não tenho nada com isso...”

É preciso gerar uma corrente de conscientização e união para não sermos mais obrigados a passar por constragimentos e pra termos os mesmos direitos que os nossos vizinhos paulistanos.

Sem esforço a parada não vai.

Ai você pergunta 
" Quem esse chato tá pensando que é ?"
E eu respondo
"O seu colega de trabalho que quer melhorar com você o seu trabalho"  :D

Não gostou? Se ofendeu? Me ignora. Nos faça esse favor.

2 de novembro de 2014

Primeira experiência democrática do Brasil

Primeira experiência democrática do Brasil

Em pleno século 17, no coração da América portuguesa, numa região que hoje pertence a Alagoas, ergue-se um Estado rebelde, independente e completamente livre da escravidão, das “leis” e da opressão da coroa portuguesa.

Os cidadãos de várias etnias (negros em sua grande maioria) que ali habitavam tinham o seu próprio comércio, seus próprios códigos de conduta e respeito mútuo, e uma soberana forma de viver. Mantinham contatos com estados vizinhos e articulavam fugas de escravos, a quem davam proteção e ajuda.  Foi neste lugar que o grande líder palmarino organizou e mobilizou seu povo contra ataques de poderosos senhores de engenho e o poder colonial português.

Infelizmente a mais temida, democrática e livre povoação de escravos fugidos que existiu no Brasil foi completamente destruída em 1694 por bandeirantes comandados pelo assassino profissional Domingos Jorge Velho.

Apontado o seu esconderijo por um ex-companheiro preso e barbaramente torturado pelos sequazes de Domingos Jorge Velho, Zumbi caiu nas mãos do adversário e foi assassinado no dia 20 de novembro de 1695. Em sua homenagem o movimento negro adotou essa data como o Dia da Consciência Negra.

O ataque decisivo aos Palmares realizou-se nos primeiros meses de 1694. Segundo relato dos próprios inimigos, os quilombolas resistiram com determinação extrema, usando armas de fogo e flechas, água fervente e brasas acesas. Sem dúvida foi o mais belo e heróico de todos os protestos dos escravos no Brasil.


Os bandeirantes: falácia e fato

Os homens que participavam das Bandeiras eram em sua maioria mestiços, rudes e pobres que vagavam pelos sertões em busca da sobrevivência econômica, fosse escravizando índios e  escravos fugidos, ou  procurando metais preciosos. Alguns ultrapassaram a linha do Meridiano de Tordesilhas e conquistaram (inconscientemente) a maior parte do Brasil atual para o domínio português; fizeram-no, entretanto, como um subproduto da luta desesperada pela sobrevivência.

Em apenas três décadas, as primeiras do século 17, os bandeirantes e seus ajudantes mamelucos mataram e escravizaram cerca de 500 mil índios, destruindo mais de 50 reduções jesuíticas.
Porém, ainda no século XVII, os historiadores, Afonso Taunay e Alfredo Ellis Jr., deram início à fabricação do "mito bandeirante" que conhecemos hoje em dia.

Os documentos que eles publicaram revelam uma saga de horrores (alguns bandeirantes tinham como hábito cortar e salgar orelhas de índios abatidos, guardando-as como troféu de guerra). Ainda assim, Taunay e Ellis Jr. preferiram forjar a imagem dos bandeirantes altivos e galhardos, mesmo sabendo que esses caçadores de homens estavam especialmente treinados para escravizar e matar.

Justas e injustas homenagens – O que nos deixa entristecido é saber que, no Brasil, inúmeras homenagens são prestadas aos violentos bandeirantes e quase nenhuma a quem lutou por liberdade, com coragem e determinação, e ajudou inúmeros outros seres humanos a viverem com mais dignidade.

Em várias cidades brasileiras podem-se ver nomes de ruas, bustos e esculturas imensas de representantes dos sanguinários bandeirantes. Raposo Tavares, Borba Gato, Bartolomeu Bueno, Garcia Rodrigues e até mesmo Domingos Jorge Velho são reverenciados Brasil afora em gigantescas imagens esculpidas ou em nomes de avenidas e ruas  movimentadas.
  
Progresso



Em 2003, no dia 9 de Janeiro, a lei 10.639 incluiu o Dia Nacional da Consciência Negra no calendário escolar. A mesma lei torna obrigatória o ensino sobre diversas áreas da História e cultura Afro-Brasileira. São abordados temas como a luta dos negros no Brasil, cultura negra brasileira, o negro na sociedade nacional, inserção do negro no mercado de trabalho, discriminação, identificação de etnias etc.

Em 2011, a presidente Dilma Roussef sancionou a lei 12.519/2011, lei que criou a data, mas que não obriga que ela seja feriado. Isso significa que ser feriado ou não vai variar de cidade para cidade. O Dia da Consciência Negra é um feriado em mais de 800 cidades brasileiras.

Como tudo aconteceu:

 1600: Negros fugidos ao trabalho escravo nos engenhos de açúcar de Pernambuco, fundam na serra da Barriga o Quilombo de Palmares; a população não pára de aumentar, chegarão a ser 30 mil; para os escravizados, alguns portugues, indios e mestiços Palmares é a Terra da Liberdade .  
1630: Os holandeses invadem o Nordeste brasileiro. 
1644: Tal como antes falharam os portugueses, os holandeses falham a tentativa de aniquilar o quilombo de Palmares.
1654: Os portugueses expulsam os holandeses do Nordeste brasileiro.
1655: Nasce Zumbi, num dos mocambos de Palmares
1662 (?): Criança ainda, Zumbi é aprisionado por soldados e dado ao padre António Melo; será baptizado com o nome de Francisco, irá ajudar à missa e estudar português e latim.
1670: Zumbi foge, regressa a Palmares.
1675: Na luta contra os soldados portugueses comandados pelo Sargento-mor Manuel Lopes, Zumbi revela-se grande guerreiro e organizador militar.  
1678: A Pedro de Almeida, Governador da capitania de Pernambuco, mais interessa a submissão do que a destruição de Palmares; ao chefe Ganga Zumba propõe a paz e a alforria para todos os quilombolas; Ganga Zumba aceita; Zumbi é contra, não admite que uns negros sejam libertos e outros continuem escravos.
1680: Zumbi lidera em Palmares e comanda a resistência contra as tropas portuguesas.
1694: Apoiados pela artilharia, Domingos Jorge Velho e Vieira de Mello comandam o ataque final contra a Cerca do Macaco, principal mocambo de Palmares; embora ferido, Zumbi consegue fugir.  1695, 20 de Novembro:  Zumbi é localizado, preso e degolado.



"Precisamos desenterrar os heróis do Brasil... Herói morto não voa"  
Tizumba

31 de outubro de 2014

Verso de uma perna só


A perna que falta
Presa no grilhão
Escravizada, então
Pra trás foi deixada
Liberdade e alegria
Ainda que tardia
Pular à vontade
Fazer traquinagem
Com muita simpatia

A liberdade custou uma perna?
Azar da perna. Azar do escravagista.

Primeiro Black Block contra a tirania
Levou a agua de Sampa
E pode levar a do Rio
Pra expor o descaso e a apatia
As travessuras do Saci são um ato politico
Contra a civilização da selvageria.

Vivam todos os sacis
Trique , Saçurá, Tererê
Do Poá, Sacerê, Taterê
Todos os esquecidos

Viva também aquele famoso
De gorro vermelho
Piléu de sangue liberto
Pitando fumo incorreto
Viva o Saci-Pererê
Alegoria do livre pensar
Redemoinho solto no ar
Brazuca, “Uh Teterê “

Hallowen também é legal
Já que é uma festa comercial
Compramos nosso lugar sacional
Então viva o Trickster Nacional