16 de junho de 2002

Passei o dia inteiro ontem dormindo e acordando. Tentei sair umas três vezes , mas não deu. Exercitei minha NERDísse vendo Justice League, Buffy, Angel e Smallville.
Li mais um pouco do Swásthya Yôga Shástra, escrevi pra nova produção e curti a companhia da minha irmã aqui na casa de minha mãe.

Quando ela aparece as coisas se ameniza, minha mãe sorri e tudo. A safadinha está lá no apartamentinho que eu morava. Reformou tudo quando eu sai de lá, e se empossou (não que eu reclame. Se eu tivesse condições de estar morando lá, do jeito que tava, poderia até pensar em ficar chateado, mas ficou tão bonitinho e ela está tão bem lá, que eu só tenho que ficar feliz).

Trouxe um CD do Tito Paez. A quatro dias atrás ela me contou como foi o show dele no Canecão. Disse que certa hora, o cara começou a falar que ia cantar com ele um certo músico que era uma pe’rola do Brasil, de máxima importância no cenário musical. Eis que aparece no palco o Hebert Vianna. Teve ter sido uma emoção só o fato do cara aparecer. Ela disse que el tava com aquela car meio abobada, e as vezes parecia não reconhecer as coisas, mas cantou e tocou “Da-me tu amor” com o Paez, e que apesar de ter errado uns acorde, quando ele cantava, parecia feliz e lúcido. Deve ser por ai, através da musica, que ele vai se recuperar. E deve ter sido emocionante mesmo.

Engraçado que , no fim de semana passado, estávamos na van de volta ao Rio, depois de nos apresentar em campos, falando sobre produção, sobre a quantidade de gente que trabalha pra um espetáculo, um show. O iluminador disse que por causa do acidente do Hebert, 40 pessoas (40!) ficaram sem emprego. Imagine isso, o Paralamas dava emprego pra 40 candangos, que de uma hora pra outra...Nessa hora, dei a maior importância por meu trabalho de produção, e pelo fato da Companhia se auto-produzir.

Bom, refleti sobre tudo isso ontem, e mesmo querendo sair, acabei ficando por aqui, ainda meio sonolento. Marquei de passar num lugar, mas não fui, e por isso vou ligar agora pra pedir desculpas. Espero que, já que são pessoas que gostam de mim, me entendam.

Fui conectar, e descobri que a minha mãe deixou fora do gancho. Deve estar querendo ver se eu vou ligar a Internet hoje. Ela adora me espionar. E mesmo com toda essa idade, pra ela, eu sempre serei o filho irresponsável. Mesmo com tantas responsabilidades que eu mesmo criei (entre elas, cuidar da saúde dela, que vai mal). Mas esse é o preço da aventura que eu escolhi para mim.


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